Pela primeira vez João tinha dúvidas no seguimento da sua missão, a vida de Leonor estava em risco mas também não queria deixar de desvendar todo este mistério. Três Anas é algo que nunca lhe tinha acontecido.
Apanhou um táxi e pediu para o deixarem no Hotel "Napoleon", era o hotel onde ficava sempre que vinha a Paris, a secretaria do banco tinha sempre o cuidado de o instalar na melhor suite e a sua chegada era sempre muito discreta. Sabia que tinha que ser discreto, por isso optava sempre por ficar no "Napoleon", no caso de alguém do banco tentar falar com ele, sabiam que era ali que ficava sempre. Não queria levantar suspeitas.
Quando terminou de fazer o check-in a recepcionista informou-o que tinha um envelope para ele no seu quarto, que tinha sido deixado logo de manhã.
Estranhou já ter algo à sua espera no hotel, ele próprio só sabia que vinham à algumas horas atrás. Foi encaminhado pelo empregado até à suite 44, e pousou a sua pequena mala em cima da cama. Abriu a janela que dava para o o Arco do Triunfo e sem se sentar abriu o envelope.
Várias fotografias, uma breve apresentação sobre a vida profissional de Ana, os seus gostos literários e musicais. Para ele as três fotografias mais importantes eram as das três irmãs. Por trás de cada uma delas, estava uma breve discrição dos seus feitios, dos seus tiques e também algumas diferenças físicas que eram bem visíveis, o que para ele acabava por ser uma grande ajuda. Descobriu que de todas elas Ana era a única que tinha uma mescla de cabelo louro junto à orelha direita. Era uma mescla muito pequena que nem sempre era visível, principalmente quando ela andava com o cabelo apanhado.
Descobriu através do envelope que lhe tinha sido deixado onde é que estavam hospedadas e começou por programar o seu dia para as começar a seguir.
As horas foram passando e quando deu por isso a tarde já tinha passado, escondeu as fotografias e os documentos dentro do cofre e foi até ao "Le Boudoir" o seu restaurante preferido de Paris.
Chamou o elevador e poucos segundos depois as portas abriram-se. Entrou e tentou disfarçar a sua admiração. Ali ao seu lado estava uma das Anas, não conseguiu distinguir qual delas era, olhou atentamente para o cabelo mas nada da tal mescla, ouviu com atenção a conversa que esta estava a ter ao telefone. « Sim, vou ter contigo ao "Le Boudoir" mas olha que eu acho que eles só servem refeições ao almoço...está combinado...até já então».
João ficou espantado, sem saber ela iria jantar ao mesmo restaurante que ele, era a oportunidade que ele teria para descobrir mais sobre elas e criar a oportunidade ideal para finalizar a missão.
Há quem goste delas curtas, há quem as aprecie mais longas, mas para nós o tamanho não importa, uma história merece sempre ser contada.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Do outro lado da mira - "Napoleon"
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5 comentários:
Ui, ui que esta história tem mais ritmo do que o Código da Vinci!! Muito bem Clementine!!
A seguir sou eu... não sou?
Parece-me que sim! Que é a tua vez! ;)
Por acaso isto está a ficar muito parecido com os livros do Dan Brown. Bem vinda Clementine!
Miguel é caso para dizer: Desemerda-te.
ó pá mea culpa.
Vi o anjos e demónios ontem.
Completamente, Miguel como a Ana disse e bem...tá na tua mão...sorry passei-te a batata quente!!! Mas cheira-me que ainda vai passar para a Ana! ;)
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