Há quem goste delas curtas, há quem as aprecie mais longas, mas para nós o tamanho não importa, uma história merece sempre ser contada.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Prazer à distância de um botão.

Daniel entrou no quarto da mãe e encontrou-a pendurada no tecto, lívida. Ainda mais alva do que o normal. Aquele branco marmóreo contrastava com o negro das suas vestes. "Mãe?" sussurrou Daniel que sabia que Alva detestava que falassem alto na sua presença. Olhou-a e sentiu os seus olhos vazios. Estranhou o baloiçar do corpo da mãe. O grito da empregada que descobriu aquele cenário assustou-o. Encostou-se a um canto e assistiu ao desespero de Thomas a suportar o peso do corpo, ao choro compulsivo das empregadas, á chegada dos homens de negro que a retiraram do laço mortal, ao padre que entoava orações sombrias e ao silêncio do quarto quando todos se retiraram. Ninguém pareceu dar pela sua pequena presença. No chão da sala, o véu mortal repousava. A medo, Daniel aproximou-se e pegou no véu negro. Aproximou-o da face e foi invadido pelo cheiro a incenso intenso que dele emanava.
O mesmo cheiro que invadiu o corpo de Gina na noite em que foi visitada pelo Anjo Negro. No dia seguinte a essa noite, acordou dorida e com estranhas marcas negras nas costas. Descobriu que tinha imensa dificuldade em respirar e em mover-se mas não se lembrava de nada. A noite era um enorme buraco na sua memória. Sentiu o desprezo e a rispidez das freiras e dos padres e estranhou a ausência de um dos padres do convento. Entretanto foi adoptada e abandonou o convento mas sempre com aquele buraco negro na sua memória. Anos mais tarde, quando trabalhava numa empresa como secretária de um dos directores, entrou numa sala e sentiu aquele cheiro novamente. Sentiu-se invadida por ele, dominada por ele. Acordou no dia seguinte, nua, no meio de escombros de um incêndio e, logo depois, perdeu tudo. E ganhou um novo hiato na sua mente.
Daniel cresceu atormentado pela mãe. Na adolescência via-a esporadicamente. Atrás de uma árvore, no cimo das escadas, sentada na sua cama. E ele guardava sempre o véu perto de si. Quando Gina chegou, Daniel estava lá. Assistiu ao seu encontro com Carvalho, o zelador. E, pela primeira vez, Alva falou com ele. "Esta mulher é o Diabo!" disse-lhe. E Daniel seguia-a, para todo lado. Estava lá quando Gina seduziu Thomas, estava lá quando Gina se masturbava freneticamente. E não resistiu aos feitiços que Gina lhe lançou quando se entregou a ela. Depois disso, Alva falava com ele constantemente "Tens de os matar!" gritava-lhe sem cessar. Depois de ser enviado para o Seminário, um bondoso padre percebeu a tormenta daquele jovem. Cuidou dele e percebeu a razão da loucura de Daniel: o confronto com a morte violenta da sua mãe. E quando viu o véu de Alva encontrou a razão! Através de um processo doloroso de hipnose regressiva, Daniel pode finalmente confrontar-se com a sua perda e fazer o luto.
Quando Daniel entrou no quarto de Gina e Thomas, Gina sentiu aquele odor a preenchê-la de novo. Sentiu claramente a sua sanidade a abandoná-la e abandonou-se ao sabor da lascívia. Apoderou-se dela uma vontade selvagem e atacou Thomas com fulgor. A sua língua tentava penetrar fundo na boca de Thomas. Guiou-o até aos seus seios firmes gemendo "Lambe-me..." enquanto disparava um olhar felino em direcção a Daniel. "Daniel, por favor, preciso de um homem que me preencha, que me penetre com a força e o volume que eu preciso... e tu tens isso Daniel, suplico-te... INVADE-ME!!" Daniel deixou cair o véu e retirou-se. "Não tomarei parte nesta loucura..." enquanto Gina se colocou em cima da Thomas. Abriu as pernas e sentou-se na face dele, como se desejasse que ele se introduzisse, todo ele, no seu húmido túnel. Thomas fazia tudo para aplacar aquele fogo que a consumia. A sua língua penetrava-a o mais fundo que era capaz mas nada chegava! Gina repetia continuamente "Preciso de um cajado forte e duro... preciso de um homem a sério..." e Thomas desistiu. Sentia-se humilhado, diminuído, derrotado. Afastou-a e sentou-se na cama. "Gina... precisamos de resolver... Gina?", mas ela estava absorta pelo véu, obcecadamente a olhá-lo como se a sua vida dependesse disso! "Gina? GINA!!" mas ela continuava hipnotizada por um qualquer poder que o véu destilava. Num salto, agarrou o pedaço de tecido e queimou-o. O cheiro a incenso foi rapidamente consumido pelas chamas e substituído pelo das fibras queimadas. Gina despertou e estava confusa. "Meu amor, o que se passou?", e Thomas percebeu.
Alguns meses de terapia bastaram para Gina recuperar os buracos negros da sua memória. Compreendeu e aceitou o que lhe tinha acontecido e foi finalmente feliz! Fazia amor com Thomas muito regularmente, descobriram juntos novos acessórios de prazer que a satisfaziam. Falavam muito e amavam-se sem reservas. Mas Thomas sentia-se levemente infeliz. muito embora o tentasse disfarçar e Gina percebia isso. Até que um dia, Gina entrou no quarto com a felicidade estampada no rosto! "Thomas, meu amor!!! Olha, olha o que eu descobri!! Vê...." e passou uma revista para as mãos de Thomas. Ele olhou a pagina e pegou na revista. Por um longo momento não manifestou qualquer emoção mas depois chorou. E chorando abraçou longamente Gina dizendo "Obrigado meu amor, muito obrigado!!". Gina devolveu o abraço e a revista caiu no soalho lustroso do quarto. Na página via-se a foto de um pénis de onde saiam fios electrónicos ligados a uma consola com alguns botões e na legenda "Descubra a primeira prótese peniana do mercado!! A suavidade e verosimilhança do silicone moldado à sua medida aliada à tecnologia de ponta. Com uma pequena intervenção cirúrgica, o prazer está à distância de um botão".
E viveram felizes para sempre.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Finalmente o Véu

Gina beijou o rosto de Thomas, sorvendo cada lágrima que lhe molhava a pele, como se quisesse livrá-lo de toda a dor que sentia. As mãos dele percorreram a parte de dentro da curta camisa de noite e acariciaram-lhe a pele demasiado macia naquela zona sensível. Gina estremeceu e envolveu-o nos seus braços num abraço que lhe cortou o fôlego.
Thomas desprendeu-se e olhou-a repleto de uma frustração muda.
- Como é que vamos conseguir viver assim?
Gina pegou suavemente na mão dele e conduziu-a até à zona mais quente do seu corpo arrepiado.
- Há formas de continuarmos felizes Thomas. Eu quero acreditar que vamos conseguir sim. Por favor vamos pelo menos tentar.
A porta do quarto rangeu de forma assustadora e um rosto pueril assomou, olhando-os num misto de doçura e arrependimento. Daniel tinha mudado. Em vez de envelhecer, havia regressado à ingenuidade juvenil que perdera algures entre tanta loucura.
- Daniel? – A voz de Thomas estava enrouquecida, quase chocada.
O olhar de Gina caiu sobre o pedaço de tecido que Daniel segurava entre os dedos. Um tecido delicado, vaporoso que parecia libertar uma luz avermelhada como que por magia.
- Aqui o tem. O véu é seu, faça dele o que bem entender. Durante o internamento fui visitado por um padre que me curou. Isto já não exerce qualquer influência sobre mim.
Thomas tremeu, a simples imagem daquele véu era o suficiente para despertar nele mais náuseas do que podia suportar.
- Está com medo de quê? Força, pegue nele, queime-o, rasgue-o, abrace-o, consuma-o, eu já não quero saber. Vou ingressar no Seminário amanhã mesmo. Nada disto me toca, me afecta.
Gina estremeceu face à palavra Seminário, todas as memórias bíblicas da sua infância regressaram em catadupa, deixando-a a arfar. Apertou com força a mão daquele homem ao seu lado enquanto fitava Daniel.
- Estás mesmo bem Daniel?
Gina teve que desapertar os botões da camisa de noite que a asfixiava, toda ela era fogo. Seria a luz daquele maldito véu que a penetrava em silêncio?
- Já lhe disse que estou curado – Daniel atirou o véu na direcção do pai que o agarrou como se de uma chama se tratasse. O seu rosto ficou automaticamente púrpura assim que o tecido lhe tocou a pele e Thomas chamou o jovem que se afastava já.
- Espera Daniel!
O olhar de Daniel caiu sobre o pai, para logo se desviar para o peito generoso de Gina.
- Tenho uma proposta para te fazer. Um pedido.
O véu despertava cada poro da sua pele, ardia-lhe como ácido e as palavras voaram antes que tivesse tempo de pensar sobre elas.
- Fica connosco.
Gina pousou a mão sobre o véu e completou o pensamento de Thomas. Os dois eram agora um só, pensavam em uníssono, freneticamente.
- Fica Daniel. Serás a parte que nos falta.
Thomas beijou languidamente Gina, enquanto esta olhava Daniel suplicante, abrindo levemente as suas longas pernas e mostrando-lhe o caminho que deveria seguir...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Alva.

"Alva. Alva era o seu nome. Conhecia-a ela era ainda muito jovem e eu um já um homem feito, com 19 anos. Não sei se os seus pais preconizaram a sua aparência física através do nome mas a sua pele era clara e limpa. Uma perfeição à vista e ao toque. Os seus olhos claros eram de um azul-água cristalino que até hoje não vi em mais mulher nenhuma. E era tímida. Muito tímida. Inicialmente não lhe prestei muita atenção. Estava mais interessado nas caçadas a`cavalo que o seu pai organizava nas suas terras. Estas terras que hoje me pertencem.
Eu era um jovem rebelde e inconsequente, famoso entre as donzelas da alta-sociedade pelas minhas desventuras sexuais! Até que, um dia, alva olhou para mim e os seus olhos prenderam-me. Parecia estar enfeitiçado por aqueles olhos cor de mar e nunca mais olhei outra mulher. Entregámo-nos um ao outro debaixo da sombra protectora do Grande Carvalho, nos limites das propriedades. Cavalgávamos até lá e fazíamos amor sem reservas, sem tabus e depois adormecíamos para acordar já demasiado tarde para que não fossemos descobertos! O seu pai, apesar da minha fama de marialva, gostava da minha energia e começou a incluir-me na gestão dos homens e dos trabalhos na propriedade. Casámos numa cerimónia simples debaixo do mesmo Grande Carvalho que enfeitou de branco, como a cor da sua pele.
Os primeiros tempos de casamento foram vividos em contínua lua de mel. Todos os pretextos eram suficientes para nos tocarmos, para abraçar e para, eventualmente, nos enrolarmos no nosso pequeno ninho de amor. Mas Alva escondia uma parte de si que se revelou ao primeiro contratempo: o ciúme! Quando, numa tarde de Outono entrou na sala onde eu e uma velha amiga que nos visitava, ficou tão furiosa que destruiu as loiças da cerimónia do casamento. Esse foi o ponto de viragem Passámos a discutir quase todos os dias e ela tornou-se obsessiva. Seguia-me para todo o lado e não raras vezes me insultou em público. O meu interesse por ela esmorecia na medida inversa do aumento da sua loucura. Deixei de dormir na mesma cama, o que só aumentou a sua certeza de traição. Num acto tresloucado de ciúme, seduziu um dos nossos empregados e, dormindo com ele, engravidou. Nove meses depois nascia Daniel. O empregado desapareceu nesse mesmo dia.
Alva nunca tratou de Daniel. Passou a vestir-se de negro e a usar um véu a cobrir a face. Se por vergonha, não sei. Tornou-se numa fanática religiosa e púdica, com tiques de moralidade vitoriana. Andava muitas vezes pela casa, murmurando orações de excomunhão ou falando com ela própria. O pai dela morreu, desgostado com o deplorável estado da filha e eu fiquei só com ela e Daniel. O ambiente tornou-se insuportável levando a que todos os empregados se despedissem. Todos menos Constança, que chegou já depois da loucura de Alva mas que parecia entendê-la e até ser capaz de racionalizar com ela.
Numa noite, Alva apareceu no meu quarto, nua e tresloucada. Queria que fizesse amor com ela mais uma vez. Dizia que se sentia as entranhas em fogo e que precisava que eu a apaziguasse. Recusei, uma e outra vez. Alva enforcou-se nessa mesma noite. Com o véu que lhe cobriu a face durante tantos anos. Alva foi a enterrar, o véu desapareceu e nunca mais tive descanso desde então."
-Obrigado meu amor, por te teres revelado a mim de forma tão íntima.
Gina beijou Thomas longamente enquanto se envolviam num abraço, tentando que os seus corpos nus se tocassem na maior parte de pontos possíveis. Thomas derramou uma lágrima que Gina logo lambeu da sua face.

Romantismo

Toda a sucessão de imagens do passado dava a Gina a força que precisava para continuar a massajar o peito de Thomas, conferindo às suas frágeis mãos uma força que desconhecia.
- Vive Thomas, vive! Não me podes deixar aqui entregue ao passado, por favor vive!
Soprava-lhe uma dádiva de ar sobre os lábios, enquanto a massagem de reanimação prosseguia, impiedosa, já não dependendo de si. Era alguém que movia os braços por ela, alguém superior a ela. Gina chorava, mas as lágrimas eram agora a sua voz que gritava por ajuda.
Foi como num sonho que viu entrar ajuda e como num sonho que foi também ela carregada em braços para longe dali.
- Salvem-no, façam alguma coisa, ele não pode morrer, não nos meus braços! Eu tenho que amar, eu ainda consigo amar…
E tudo ficou negro como um manto de noite sobre os seus olhos molhados.
Gina acordou o que podiam ser dias ou meses depois. Um quarto demasiado claro, demasiado branco atordoou-a por breves instantes antes de se aperceber que alguém a seu lado a velava.
- Thomas?
E um sorriso sofrido confirmou-lhe a suspeita. Aquele homem outrora forte e determinado estendia-lhe agora uma mão frágil e magra, afagando-lhe o rosto.
-Salvaste-me Gina… Mas sofreste uma emoção tão forte que caíste num sono profundo.
- Quanto tempo? Há quanto tempo é que estou aqui? – Tentava sorrir-lhe de volta, mas não conseguia.
- Há dois meses minha querida. – Aquele era mesmo o dono de Netherfield, frio e distante? Parecia-lhe transformado, talvez pela emoção quente que só o amor confere.
- E tu? Como é que estás?
- Referes-te à parte de mim que me faz mais homem?
Gina anuiu sem sombra de embaraço.
- Sou agora menos homem Gina. Tiveram que optar entre a minha virilidade e a minha vida. Estou vivo, mas menos eu. – Os seus lábios donos de uma quentura desconcertante beijaram-lhe a palma da mão que se arrepiou.
- E o Daniel? Ele, ele foi preso? O que é que lhe aconteceu?
- O Daniel está internado numa instituição para doentes mentais, mas em breve vai ter alta. Os velhos fantasmas de Netherfield nunca mais apareceram para me atormentar, anda tudo estranhamente calmo desde a catástrofe.
- Talvez tenham tido a sua vingança. - Gina queria acreditar nas suas próprias palavras.
Thomas desviou o olhar, como se escondesse alguma coisa e colocou os seus lábios sobre os lábios de Gina, quase como numa carícia. Foi com deleite que Gina deixou que a língua dele reconhecesse cada recanto da sua boca. Deixou-se beijar, sem tomar parte do processo, gozando apenas a sensação de se sentir completamente preenchida em tantos sentidos além da carne...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Deita cá pra fora!!

"E eu, e eu?" dizia numa voz tão fina que arrepiava, o pénis agora separado do seu amo e senhor De Netherfield, "E agora quem me afaga, quem me dá carinho? Sinto-me tão sozinho..." enquanto derramava lágrimas espessas e leitosas do seu olhinho único, qual Cyclops fálico.
(Não tenho o que escrever no "Cheirinho...")

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Peguem nela...

As peças encaixam-se (e de que maneira!) na história de Gina. Abusada enquanto pré-adolescente, será santa ou o diabo em pessoa? Que mistério encerra a morte de Thomas? O que aconteceu ao seu pénis decepado? Quem controla a fúria de Daniel? Quem são as mulheres que aparecem sempre nos cenários de tragédia?
Algumas da meninas que pegue no cajado, digo, na história, faz favor!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Palpitar da Paixão:Anjo Negro

Gina cresceu e tornou-se numa jovem mulher. Aos olhos expressivos e pele alva, juntaram-se o despontar de voluptuosos seios e um corpo torneado de uma mulher. O movimento ondulante das suas ancas, bamboleando as suas nádegas firmes era agora comentado em surdina pelos padres do convento. Sendo apenas uma pré-púbere, Gina despertava já o desejo naqueles homens ressequidos pela maldade.
A noite estava calma, anormalmente escura, a Lua coberta por grossas nuvens que encobriam os predadores. Talvez por isso não se ouvisse o som dos animais nocturnos. Nem a coruja, nem os cães, nem mesmo os laboriosos ratos do forro do quarto de Gina davam sinais de actividade. Ela dormia um sono agitado, como se sentisse falta do embalo da música da noite, como se o breu lhe atiçasse os sentidos. Por isso despertou quando ouviu o fino ranger da porta do seu quarto, que se abria. Apercebeu-se de um vulto de contornos indefinidos, um fantasma de negro, um espectro que pairava aos pés da sua cama. Gina afundou-se nos lençóis, amedrontada.
"-Schiuuuuu, minha menina... não faças barulho.", o espectro falava enquanto invadia o leito, "Vais receber a comunhão mais importante de todas. A comunhão divina só reservada para os nossos cordeiros mais especiais." A sua voz era sussurrada, sibilina. Gina notou uma ansiedade contida no tom em que falava o espectro como se travasse uma batalha interior com algo maligno dentro dele. Agarrou na mão dela e, suavemente, guiou-a dizendo "Vem sentir o vigor do meu cajado. O cajado a que servirás a partir de hoje". Gina sentiu a sua mão a fechar-se sobre um corpo duro mas com pele enrugada e, enquanto apertava a mão de Gina sobre o seu cajado, o espectro guiava-lhe agora o braço em movimentos rítmicos, fazendo a sua mão deslizar naquele corpo duro.
Gina estava petrificada. Que entidade era aquela? Seria anjo ou demónio? Um anjo-negro. A sua mente estava fechada a qualquer pensamento e sentia-se invadido por um sentimento de nojo que aquele objecto duro, coberto por uma pele escorregadia e mal-cheirosa lhe causava. Sentia apenas a sua textura, que se propagava ao longo do braço, e os movimentos como se fossem involuntários. O espectro -la parar e deslizou para baixo dos cobertores poeirentos. Ela sentia a sua respiração pesada no seu umbigo, nas suas coxas. Abriu as pernas, como que hipnotizada por uma serpente e sentiu a língua do espectro, quente e húmida, lambendo suavemente os lábios da sua boca do prazer. Estremeceu, estranhando. O espectro lambia cada vez mais avidamente, mordiscava e sorvia. De repente, Gina contorceu-se, involuntária e inesperadamente. O espectro atingia-a agoro num ponto preciso, mesmo na união superior dos lábios, e atacava-o com precisão. Gina conteve um grito e agarrou os lençóis com força. Sentia-se molhada, um líquido espesso molhava-lhe o interior das coxas. Perguntou-se se seria a saliva do espectro.
"-Estás pronta.", o anjo negro subiu pelo meio das sua pernas e encarou Gina que fechou os olhos. "Recebe o meu cajado dentro de ti...". Gina sentiu o seu cajado duro a invadi-la. Foi atingida por uma dor que nunca tinha sentido. Uma dor que não doía mas que se propagava, impiedosamente, por todo o seu corpo. O anjo avançava, uma e outra vez, penetrando no seu íntimo cada vez mais fundo. Gina sentia o controlo sobre o seu corpo a abandonar os seus comandos e a sucumbir a algo que crescia agora dentro dela. Algo que emergia das sombras do seu corpo.
"-AHHHHHHHHHHHH!!!" o anjo gritou, como se tivesse libertado um peso, como se se evadisse de uma prisão. Gina sentiu um fluxo quente dentro dela. A lua libertou a sua luz por momentos e reflectiu-se num objecto que pendia do pescoço do anjo. Gina foi ofuscada por aquele clarão momentâneo e viu a enorme cruz que o Bispo sempre ostentava por fora da sua batina. Um sorriso de escárnio nasceu na face de Gina "-Já acabou Sr. Bispo? Ora, ora..." a Lua finalmente vencera as trevas e iluminava a noite em todo o seu esplendor! Gina libertou-se do peso do anjo agora revelado e montou-o com uma agilidade felina. Lambia-lhe a face enquanto prendia firmemente o cajado com uma das mãos. O padre exibia uma face de surpresa e desnorte, enquanto Gina introduzia o se membro já não tão hirto na sua caverna novamente. Com os joelhos firmemente apertados contra os flancos do padre assustado e as mão segurando-o no peito mantendo-o aprisionado, Gina movia os quadris em todas as direcções imagináveis.
"-Dá-me mais padreco, DÁ-ME MAIS!!" Com a respiração a entrecortar-lhe o discurso Gina enlouquecia de prazer "SIM... SIM... eu... estou... quase...quase.... QUASE!!! AIIIIIIIIIII!!"
Gina acordou com o som da sua porta a bater. O bispo entrava, secundado pela Madre Superiora e dois diáconos. Entoavam em uníssono: "Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome...". O bispo acercou-se de gina e, de dentro da sua capa revelou um chicote de 3 pontas com nós nas extremidades. Despiu Gina violentamente e virou-a contra a parede. À primeira investida, Gina caiu no chão. A segunda -la desmaiar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Palpitar da Paixão: os lençóis da morte.

Daniel entrou no quarto da jovem empregada da mansão Netherfield. Cabeça baixa, a respiração pesada e acelerada, o corpo tenso, braços baixados ao longo do corpo. A lâmina suja com os últimos despojos da virilidade decepada de Thomas. Deixou tombar o machado que, ressoando no soalho, chamou a atenção da jovem.
"DANIEL! O que se..." Sem permitir que a jovem terminasse a sua pergunta, Daniel avançou sobre ela bruscamente. Agarrou-a nos ombros e empurrou-a contra a cama, virando-a violentamente de costas para si.
"Mas, Daniel..."
"Cala-te." sussurrou entre dentes. Empurrou-a com força para cima da cama e ergueu-lhe os quadris, obrigando-a a ficar apoiada nos joelhos. A bata de serviçal voou para um canto do quarto e a fina lingerie de renda não foi obstáculo para a fúria de Daniel. A jovem não lutou ficando antes extremamente excitada com esta versão animalesca do adolescente que sempre fora tão meigo com ela. O quarto estava agora repleto com o odor dos fluidos que molhavam todo o interior daquela mulher. Daniel sentiu esse cheiro e ao pegar no cabo do seu corpo julgou, por momentos, estar novamente com o cabo do machado nas suas mãos. Guiou o seu pau másculo e duro até à entrada da húmida caverna e invadiu-a sem aviso, apressadamente, violentamente. A empregada suprimiu um grito e Daniel avançava e recuava furiosamente. Como se quisesse derrubar algo com o seu aríete de ferro. Daniel olhava para as costas suadas e delineadas da empregada a contorcerem-se num misto de dor e de prazer, os seus quadris a recuarem oferecendo um caminho fácil para que aquele aríete de pura rocha a invadisse a seu bel-prazer. Apoiada apenas num braço, acariciava-se e simultâneamente afagava as entumescidas bolas de Daniel. Daniel acometia-a furioso e pensava
"Puta, és uma puta como aquela Gina..." agarrou-a pelos cabelos e puxou-se mais para dentro dela. Ela gritou e parou com as carícias. Daniel, com uma mão a agarrar os finos cabelos e com a outra firmemente apoiada no fundo das costas da empregada, penetrava-a como um animal, bufava e estava no limite da sua velocidade. Pensava em Gina e em Thomas e queria castigá-los e estava agora a aplicar toda a sua raiva naquela mulher que gemia agora ruidosamente, um gemido de dor. Daniel finalmente sentiu a sua arma de arremesso a endurecer até ao limite e rebentou, despejando toda a sua raiva dentro da inocente empregada. Largou-a e ela saiu, coxeando e com a face molhada pelas grossas lágrimas que teimavam em escorrer-lhe pela face.
Sentou-se na cama exaurido pela fúria que o consumiu e que libertara momentos antes. Sentiu uma mão que pousava leve no seu ombro, quase imperceptível como o toque de um leve lençol de seda. Não conteve mais o choro que combatia e disse, num pranto
"Mãe. Que fiz eu?"
"O que precisava ser feito, meu filho..."
Thomas estava deitado no chão frio e duro. Ao seu lado o outrora imponente pelourinho da sua masculinidade definhava, roxo e mirrado.
"Gina..." chamou-a com uma voz sumida "Gina, há algo que tenho que precisas saber..."
"Não, Thomas, não fales, poupa-te enquanto eu chamo ajuda!" Gina chorava copiosamente.
"Ouve-me, Gina, não tenho muito mais tempo... ela nunca te largará enquanto não desapareceres... como as outras... descobre o véu... e destrói-o... é a única maneira de seres feliz..."
"Mas, Thomas, estás a alucinar. Perdeste muito sangue... deixa-me ir...."
"NÃO! O véu... destrói o véu... destr...." A sua voz perdeu-se e apagou-se a luz dos seus olhos. Uma poça de sangue eram os lençóis da morte.

Um Enfermeiro Por Favor!!!!

Onde está um enfermeiro? Eu preciso de um enfermeiro!!!!! Ninguém me vê aqui e se me pisam e se me esmagam?
Enfermeiro Miguel vem tratar de mim antes que me deitem fora!!!!
Gritava o pénis cada vez mais pálido.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Palpitar da Paixão - Jaz Morto e Arrefece

Um grito gutural, quase animal enche a divisão, congelando tudo em volta. Um grito de guerra enraivecido torna a voz de Daniel irreconhecível enquanto se lança na direcção de Thomas com um olhar possuído. Este apenas tem tempo de cobrir Gina com o seu próprio corpo, escudando-a daquela brutal investida.
- Tu mataste-a e agora vais morrer também como o cão que és! – Daniel desfere o primeiro golpe, mas Thomas consegue travá-lo com um pontapé bem aplicado no peito do jovem.
- Daniel o que é que se passa? – A voz de Gina soa estranhamente calma. Calma demais. Mas nenhum dos dois a escuta, pois envolveram-se numa mortífera luta pela vida. Thomas querendo prolongar a sua própria vida, Daniel querendo ceifá-la a todo o custo.
- A minha mãe morreu por tua culpa, das tuas depravações e agora vais pagar por isso, tu e essa cadela no cio!
- Daniel eu nunca matei a tua mãe, eu amava-a com todas as minhas forças! A Gina não tem culpa de nada, simplesmente aconteceu. Eu tenho o direito de refazer a minha vida.
Thomas completamente despido, despojado da sua virilidade, parecia quase patético a Gina que tentava cobrir-se com uma almofada, enquanto se aproximava dos dois.
- Eu é que enfeiticei o Thomas. Se queres matar alguém mata-me a mim – Gina estava agora entre os dois e o seu peito tentava suster a respiração assustada. Do outro lado da janela as duas mulheres pareciam sorrir, cúmplices, como se dominassem toda a cena que se desenrolava.
Qualquer coisa demoníaca bailava no olhar do jovem, enquanto fitava ora um, ora outro, como para decidir qual dos dois leva primeiro para o Inferno.
- Gina sai daqui, foge. – A voz de Thomas é agora um fio inaudível. A única motivação que Daniel precisava para soltar o carrasco de dentro de si. Levantando o machado bem alto prepara-se para tirar Gina do caminho, da pior forma possível, mas Thomas empurra-a deixando que o machado tombe sobre ele e Daniel, atrapalhado acaba por enterrar a lâmina mais abaixo, bem mais abaixo do coração.
Um jacto de sangue corre pelas pernas do patriarca, enquanto este cai de joelhos, sucumbindo à dor e ao choque. Gina grita num exorcismo improvisado:
- Ordeno-te que deixes este corpo em nome de Cristo!
Daniel treme, pois mesmo à sua frente, empunhando o velho crucifixo como uma arma, Gina reza com uma devoção assustadora. Daniel parece vacilar ante as palavras divinas.
- Ordeno-te que deixes este servo de Deus em nome de Cristo! Vai de retro Satanás! Pai Nosso Que Estais no Céu...
Daniel sente-se agoniado, não suporta a visão da cruz, as palavras santas queimam-no por dentro.
Gina olha a janela enquanto reza, as duas mulheres desapareceram.
Thomas está caído no chão, desfalecido de dor e mesmo ao seu lado, ironicamente arrancado pela raiz, jaz o seu membro sem vida.

domingo, 6 de setembro de 2009

Uma nuvem que lá passa parece dizer, baixinho

"Mais vale pousares o machado e descansares um bocadinho, Daniel."