Há quem goste delas curtas, há quem as aprecie mais longas, mas para nós o tamanho não importa, uma história merece sempre ser contada.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

-Sabes? Sonhei contigo!

Ela atirou-lhe aquela informação de uma forma descarada, com um riso escarninho na face sabendo que ele iria roer-se de curiosidade durante o tempo que estivessem sem se encontrar. Afinal, aqueles horários rotativos do call center tornavam os seus encontros imprevisíveis. Ele sorriu subtilmente. Há meses que andavam naquele jogo do gato e do rato, numa espécie de flirt não declaradamente assumido mas implícito. Aquela mulher, não sendo uma "bomba", não sendo uma mulher estonteantemente bonita, despertava nele um sentimento difícil de definir. Uma espécie de vazio na barriga que se transformava depois num arrepio quente que se alastrava um pouco mais para baixo. Ele não conseguia identificar claramente, nem sequer definir o que nela havia que o afectava assim. Mas ela cuidava-se. As unhas de gel impecavelmente tratadas, com cores e motivos diferentes todas as semanas arrepiavam-no! Embora as achasse sempre compridas demais, não conseguia deixar de imaginar aquelas unhas a cravarem-se impiedosamente nas suas costas. Andava sempre de salto alto o que lhe dava uma elegância que os seu metro e sessenta de altura não deixava adivinhar e andava sempre perfumada. Não de uma forma ostensiva, daquelas que empestam a sala mas de uma maneira mais subtil. Ele detectava sempre que ela mudava de cheiro e desejava morder a curva do pescoço dela. Avidamente.

-Cabra.

Pensou enquanto a mirava a afastar-se, o andar elegante, o discreto ondular das ancas.

-Engordaste um bocadinho mas continuas com um rabo delicioso...

Este pensamento envolveu-lhe a mente enquanto sentia o arrepio quente a percorrer o caminho descendente para terminar bem na ponta do seu pénis. Ele, o pénis, parecia ganhar vida própria quando a via e a cheirava. Ele, o pénis queria prová-la. Abanou a cabeça freneticamente para afastar as imagens luxuriosas que lhe passavam diante dos olhos e voltou para a sua função de coordenador da sala.
Aquilo que um dia começara como uma conversa brejeira com troca de frases de sentido dúbio mas implícito logo evoluíra para algo mais pessoal. Ele arriscava perguntas cada vez mais pessoais e ela respondia-lhe com insinuações. Ela convidava-o para um café mas sempre apenas a dois. Trocavam olhares e sorrisos provocantes enquanto sorviam os seus cafés quentes. Ele começou a agarrar-lhe primeiro no braço enquanto caminhavam pelos corredores vazios e sombrios do prédio, nas noites de plantão, e logo depois um braço sobre os ombros e, por fim, as suas mãos na cintura dela, a sua pélvis no rabo dela. Ela sorria maliciosamente e inclinava a cabeça para o seu ombro, o cheiro dela a invadir as narinas dele, o arrepio da barriga para o sexo dele que inchava e crescia e pulsava de desejo. Ele estava preenchido pelo desejo de foder aquela mulher. Ela sabia e perpetuava o jogo. Nenhum avançava. Nenhum arriscava.
Numa dessas noites mortas de plantão nocturno ele encaminhou-a para uma sala escura, para tomarem o seu habitual café. Nenhuma luz havia a não ser a ténue luz dos candeeiros da rua que entrava timidamente pelas janelas.
-Hoje sinto-me tão cansada. E temos ainda tanta noite pela frente. Dói-me o pescoço de estar sentada naquela porcaria de cadeiras que temos para trabalhar...
Ele percebeu o convite e ofereceu-se para uma massagem. Ela levantou-se e rodou para se sentar com o peito apoiado no apoio de costas da cadeira. Encostou a sua cadeira à dele, alçou uma perna e sentou-se. Ele observou aquele movimento propositado e exagerado quando o rabo dela passou a centímetros do seu nariz. Estavam agora sentados, ele de frente de pernas abertas, ela de costas para ele, bem encaixada nele, inclinada sobre a cadeira. A sua blusa curta levantara e os seus jeans de cintura descaída baixaram revelando o fio dental que ela trazia nessa noite. Ele começou a massagem pelo pescoço, sem uma palavra. Depois desceu, sempre massajando por cima da blusa. Depois o pescoço outra vez e, ousadia, os ombros e os braços. Desceu e enfiou as mãos por baixo da blusa. Perdeu-se com o toque na pele dela e ficou cheio de tesão. Incomodava-o o seu pénis duro preso nas calças mas não havia nada para controlar isso. Subiu e voltou aos ombros. Ela arqueou as costas e pressionou a braguilha dele com as suas nádegas. Ele desapertou-lhe o soutien e continuou a massagem. Sentia as margens das mamas dela e imaginava os seus mamilos duros. Inspirou fundo, apertou-lhe o soutien, largou-lhe as costas e levantou-se. Sorriu-lhe. Ela devolveu-lhe um olhar confuso e desapontado.
Chegou a casa na madrugada, despiu-se e enfiou-se debaixo do chuveiro quente. As delicadas costas dela não lhe saiam do pensamento, o toque da sua pele, aquele apetitoso rabo encaixado na sua erecção, no seu desejo. Estava de novo duro, forte e pronto. Masturbou-se enquanto sussurrava o nome dela. Sandra.

3 comentários:

Márcia disse...

Uiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!

Fico há espera dos desenvolvimentos!

Beijos grandes,
Márcia

Ana. disse...

Miguel...

Bastaram duas frases... duas frases para saber que isto era teu!!

'Dass! Adoro esta tua escrita.
E como já vem sendo hábito, volto a dizer: Isto está para lá de bom!

Ansiosamente à espera de desenvolvimentos,

;)

Ana C. disse...

Isto é que é uma verdadeira pornochachada mas por um olhar masculino. Devias especializar-te e ganhares rios de dinheiro à conta deste talento :)